Estrutura Residencial para Idosos (Lar)
A Estrutura Residencial para Idosos-I (ERPI-I) foi criada a 5 de Julho de 1999 e destina-se ao acolhimento de pessoas que pelo seu estado de saúde e pela ausência de apoio familiar, necessitam de uma resposta social deste tipo.
Esta estrutura funciona num edifício localizado contiguamente ao edifício sede da Associação, edifício aproveitado de uma habitação construída no início do século e representativo da arquitetura da freguesia. Esta habitação, devido à sua antiguidade, não possuía quaisquer condições habitacionais, tendo-se procurado com a sua restauração/readaptação em 1998, manter a sua arquitetura original. É uma estrutura assente em 3 pisos: cave, rés-do-chão e sótão. A cave é composta por 3 quartos (1 triplo e 2 individuais) e o piso do rés-do-chão é composto por um quarto duplo e 5 quartos individuais. A ERPI está interligada ao edifício sede através de uma ponte aérea, devidamente coberta e protegida de situações meteorológicas adversas.
É um serviço que visa, sobretudo, satisfazer as necessidades da freguesia da Vinha da Rainha, apresentando-se como alternativa a algum tipo de apoio domiciliário já prestado por esta Associação, mas que se revela insuficiente face a situações de crise motivadas por doença muito grave. É, no entanto, uma resposta social com fraca capacidade de resposta para as necessidades de uma freguesia bastante envelhecida, tendo em conta a lista de espera atualmente existente, sendo o idoso na maior parte das vezes arrancado do seu meio familiar para instalações fora da comunidade e do meio onde sempre viveu. Com esta resposta social pretende a Instituição aumentar a oferta de serviços de ação social na freguesia, visando a melhoria das condições de vida social da população residente.
Esta ERPI é, assim, uma resposta social prestada em equipamento destinada a pessoas que temporariamente, ou não, se encontrem incapazes de viverem sozinhas por necessidade de apoio permanente.
A população idosa abrangida pela ERPI-I (12 utentes) é maioritariamente feminina (66%) e com idades superiores a 80 anos (66%). Trata-se de uma população fundamentalmente migrada das outras respostas sociais existentes na instituição (Centro de Dia, Serviço de Apoio Domiciliário e Centro de Convívio) que, face a um agravamento do seu estado de saúde, necessitam de uma resposta mais abrangente e com oferta de melhores serviços de acompanhamento e vigilância. Do ponto de vista funcional, é portanto uma população com um nível acentuado de dependência, em que cerca de 75% é acamada.
Para a concretização/implementação desta resposta social a Instituição recorreu ao programa RIME (Regime de Incentivos às Microempresas), coordenado pela Comissão de Coordenação da Região Centro, tendo ainda apresentado uma candidatura para obtenção de um subsídio, junto da Câmara Municipal de Soure, ao abrigo de uma resolução da mesma, que estipulava a atribuição de um subsídio a IPSS’s que pretendessem realizar investimentos no âmbito da ação social. O custo total desta infraestrutura foi de cerca de 160.000€ (32 milhões de escudos), tendo sido 60% deste custo suportado pelo RIME, 6% financiado pela Câmara Municipal, e o valor remanescente de 34% suportado pela Associação.
Para a prestação de cuidados ao idoso a instituição dispõe de uma equipa constituída por 1 Diretora Técnica/Assistente Social, 1 Enfermeira, 1 Encarregada de Serviços, 5 Ajudantes de Ação Direta, 1 Ajudante de Saúde, 2 Cozinheiras, 1 Ajudante de Cozinha e 1 Trabalhadora Auxiliar.
Porque se notou, como acima já se referiu, uma clara insuficiência da resposta para as necessidades sociais detetadas, decidiu esta Instituição iniciar a construção de uma nova estrutura residencial para idosos. Para a concretização deste novo projeto, contou com o apoio do Programa PARES (Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais) e com a política de apoio ao investimento social do Município de Soure.
Atualmente a Instituição possui outra Estrutura Residencial para Idosos, ao abrigo do Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES), cuja candidatura viu aprovada no ano de 2006. A ERPI-II tem capacidade para 18 camas, aumentando a capacidade da estrutura residencial já existente.
Tratou-se de um projeto com grande relevância para a comunidade da freguesia, bastante ambicionado pela sua população idosa, uma população que reside em situação de grande isolamento sociofamiliar. Pretende-se pois que, face ao agravamento das situações em domicílio, o projeto venha permitir o enquadramento destes idosos nesta resposta social que disponibilizará serviços de apoio permanente que o serviço de apoio domiciliário e o centro de dia, pela sua própria estrutura e dinâmica, não terão condições para prestar ao idoso melhores cuidados de conforto e vigilância permanentes.
Por outro lado, tratou-se de um projeto, cuja arquitetura e infraestruturas, se enquadra no âmbito das novas exigências legais, com respeito pelas normas reguladoras das condições de instalação e funcionamento das ERPI’s, tendo em vista que o exercício das atividades de apoio social sejam propiciadoras de um ambiente de convívio e de participação gerador de bem-estar social e de uma vivência saudável no equipamento e, fundamentalmente, a oferta de boas condições de acessibilidade, segurança, privacidade e conforto.
Neste edifício funcionam todos os serviços de apoio ao utente (atualmente a funcionar no edifício sede), nomeadamente, gabinete médico/tratamentos/área de convívio/atividades/serviço de refeições/tratamento de roupas, entre outros, serviços estes que permitem aos utentes a oferta de serviços de melhor qualidade.
A Associação Cultural Desportiva e de Solidariedade da Freguesia da Vinha da Rainha, apresentou em abril de 2018 uma candidatura ao Programa CENTRO 2020, tendo a mesma como principal objetivo a remodelação e reabilitação da ERPI I, através da melhoria da infraestrutura existente, permitindo a proximidade aos cuidados, contribuindo para um envelhecimento mais ativo e saudável.
Este projeto visa contribuir para o aumento dos níveis de qualidade dos serviços prestados, através, essencialmente, da demolição do interior do edifício original que é constituído por uma estrutura de madeira e que apresenta alguns sinais de degradação, reconstrução das lajes e das coberturas.
O Projeto obteve aprovação por parte do Centro 2020.