No passado dia 28 de Junho, realizaram-se, finalmente, eleições para os Corpos Sociais na Associação Cultural Desportiva e de Solidariedade da Freguesia de Vinha da Rainha. Depois de quatro ou cinco Assembleias Gerais eis que apareceu uma lista candidata que foi eleita, isto também depois dos ainda Corpos Sociais terem manifestado a sua vontade de não continuar, dado o cansaço e a idade que são peças fundamentais para o trabalho que é necessário realizar. A Instituição merece esse trabalho pelos seus utentes e também pelas suas funcionárias/o, assim como os dirigentes merecem ser renovados como forma de introduzir novas ideias ou novos métodos de trabalho. A rotina não é uma boa arma, nem uma boa conselheira.
Por isso, é fundamental que haja uma renovação no universo dos sócios, de modo a que na altura de perspetivar listas exista um conjunto de opções traduzidas nos mais novos, nos mais competentes, e nos mais disponíveis para levar por diante a tarefa, e deixar tranquilos todos os restantes, isto é os que sendo sócios não reúnam condições para ser eleitos, os utentes, e todos aqueles que tendo servido esta Casa desejam o seu progresso e a sua estabilidade.
A lista vencedora das eleições reúne pessoas qualificadas, interessadas, pessoas competentes e pessoas com muita vontade de dar o melhor pela sua Freguesia, e pela IPSS que vão gerir. É preciso deixá-los trabalhar sem atropelos ou críticas destituídas de fundamento. Cada um que assume uma responsabilidade sabe ao que vai, e irá dar o seu melhor. Sou dos que pensam que a responsabilidade obriga quem tem que executar ou dirigir a seguir uma linha de conduta adequada ao lugar que desempenha, esforçando-se, estudando as questões e dando respostas sintonizadas com a justiça, a igualdade e a responsabilidade.
Hoje as IPSS são parceiras privilegiadas com a Segurança Social, que terá de ser mais benévola e mais colaborativa em termos financeiros, e são, como ainda recentemente ficou demonstrado o braço armado de qualquer Executivo na parceria e na luta em favor da terceira idade. É preciso dotar as IPSS’s de melhores condições, porque não podem continuar a fazer o trabalho que fazem em prol da sociedade, sendo, como são, o parente pobre.
As Autoridades Locais devem investir alguns dos seus recursos no funcionamento destas Instituições, porque de facto estas são essenciais à sociedade e, no mínimo, reconhecer o esforço e o trabalho de todos aqueles, como nós, e muitos neste Concelho, o fazem voluntariamente, sem qualquer tipo de compensação, aliás, e bem pelo contrário fazem despesas pagas por si, deslocam-se para todo o lado nos seus carros, e estão disponíveis a qualquer hora ou dia para estar ao serviço da Instituição.
Seria hipócrita se dissesse que esteve tudo bem na última Assembleia Geral, porque não o esteve, não houve uma palavra de reconhecimento, para além do proposto pela Assembleia Geral e pelo Conselho Fiscal, pelo trabalho desenvolvido que, para alguns pode ter parecido pouco, mas para nós foi muito, durante nove anos e meio.
Vamos de consciência tranquila.
9/7/2020
O Presidente da Direção,
Firmino Ramalho